SEGURANÇA ALIMENTAR

Medeiros quer tornar o Plano Safra lei para garantir financiamento rural

publicidade

A proposta busca assegurar a previsibilidade e dar a estabilidade necessária para as atividades agropecuárias

O deputado federal José Medeiros (PL) apresentou um projeto de lei em coautoria que torna o Plano Safra uma política permanente, assegurando que os produtores rurais tenham garantia ao crédito rural e não fiquem “reféns” de decisões do governo federal. A proposta busca fortalecer a produção nacional, assegurando o financiamento da agricultura para pequenos e médios produtores e impedindo que o governo suspenda, cancele ou contingencie os recursos.

A medida também estabelece que, caso o governo não destine os recursos mínimos previstos, o Ministério da Fazenda deverá justificar a suspensão ao Congresso Nacional e apresentar um plano emergencial de recomposição dos valores em até 30 dias.

O PL nº 641/2025 atende a um anseio do setor produtivo, que recentemente foi surpreendido com a suspensão dos financiamentos do Plano Safra 2024/2025. O governo federal até publicou uma medida provisória liberando R$ 4 bilhões em crédito extraordinário para recompor as linhas de financiamento, mas os produtores continuam preocupados e inseguros quanto ao futuro de suas atividades.

Leia Também:  MP denuncia pedreiro por estupros e homicídios de mãe e filhas

“A principal fonte de financiamento do agro não pode depender da boa vontade do governo. Criaram um alvoroço em torno do Plano Safra, dizendo que seria o maior da história, mas agora não conseguem sustentá-lo – assim como a promessa da picanha. Os produtores precisam de segurança. Essa lei vai proteger a economia do Brasil e impedir que os produtores fiquem reféns desse desgoverno”, defendeu Medeiros.

Distribuição dos recursos

O projeto determina a destinação de R$ 250 bilhões anuais ao Plano Safra, sendo que 55% dos recursos devem ser direcionados às operações de custeio e comercialização da produção agropecuária. Outros 15% serão aplicados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), enquanto 20% financiarão investimentos em tecnologia e inovação no campo. Já o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e a subvenção ao seguro rural receberão 5% cada.

“Esse projeto garante a previsibilidade e a estabilidade que os produtores precisam para seguir com suas atividades. O agronegócio brasileiro deve ser valorizado e fortalecido, e nada mais justo do que investir no setor que contribui significativamente para o PIB do Brasil”, finalizou o parlamentar.

COMENTE ABAIXO:

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade