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Açúcar oscila nas bolsas internacionais e etanol perde força no mercado interno

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Açúcar tem avanço em Nova York e Londres

Na terça-feira (30), os contratos futuros de açúcar subiram nas bolsas internacionais. Na ICE Futures, em Nova York, o contrato de outubro/25 avançou 8 pontos, cotado a 16,10 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o de março/26 subiu 15 pontos, para 16,60 centavos. Já na ICE Europe, em Londres, o açúcar branco também fechou em alta: dezembro/25 ganhou US$ 6,00, negociado a US$ 468,30 por tonelada, e março/26 avançou US$ 5,70, a US$ 462,50 por tonelada.

De acordo com Mauricio Muruci, especialista da Safras & Mercado, a valorização de cerca de 6% sobre a média histórica indica consumo aquecido no curto prazo. No entanto, ele alerta que, após mais de uma semana de altas consecutivas, cresce a possibilidade de realização de lucros. Para o analista, o ponto de equilíbrio do mercado em Nova York continua em 16 centavos de dólar por libra-peso.

Pressão de baixa com safra favorável no Brasil e Ásia

Apesar das recentes altas, os preços do açúcar também enfrentaram momentos de queda, influenciados pela perspectiva positiva da safra do Centro-Sul brasileiro. Segundo levantamento da StoneX, o contrato de outubro/25 em Nova York acumulou baixa de 2%, encerrando o período a US¢ 15,46/lb, enquanto o de março/26 caiu 2,3%, cotado a US¢ 16,14/lb.

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A pressão negativa decorre dos números robustos de moagem, mix açucareiro e ATR na segunda metade de agosto, que reforçam a possibilidade de moagem próxima a 600 milhões de toneladas e produção semelhante à da temporada 2024/25. No Hemisfério Norte, o cenário também é otimista: as boas chuvas de monções favorecem a produção no Sul e Sudeste da Ásia, ampliando a expectativa de oferta estável.

Açúcar cristal tem leve alta no mercado interno

No mercado doméstico, o açúcar cristal apresentou leve valorização. Segundo o Indicador Cepea/Esalq (USP), a saca de 50 quilos foi negociada a R$ 117,33, alta de 0,11% em relação ao dia anterior.

Etanol hidratado recua em Paulínia e no mercado paulista

O etanol hidratado registrou desvalorização tanto nas usinas quanto nos principais polos de comercialização. De acordo com o Indicador Diário Paulínia, o metro cúbico foi negociado a R$ 2.820,00, queda de 0,55%.

Em São Paulo, a liquidez diminuiu após semanas de preços firmes. O valor médio caiu de R$ 3,40/L no início da semana para cerca de R$ 3,34/L na última sexta-feira (19), conforme dados da StoneX. Para setembro, a média deve se manter próxima de R$ 3,36/L, sustentada pela boa colheita em agosto e pelo equilíbrio de volumes ofertados ao mercado.

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Relação entre açúcar e etanol guia expectativas do setor

Especialistas destacam que a equivalência entre açúcar e etanol no Centro-Sul tem funcionado como referência para o mercado, servindo como um “piso” para os preços futuros. Essa dinâmica influencia diretamente a estratégia das usinas, que buscam ajustar sua produção entre açúcar e etanol de acordo com a rentabilidade de cada derivado da cana-de-açúcar.

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